Calamidade financeira <br>em Gaia
«O município de Vila Nova de Gaia vive uma situação de autêntica calamidade financeira, resultante da desastrosa gestão dos anteriores mandatos, por parte da coligação PSD/CDS», alerta a CDU.
Novas dívidas poderão chegar aos 20 milhões de euros
Em nota de imprensa, os eleitos do PCP e do PEV nos órgãos autárquicos do concelho de Vila Nova de Gaia dão conta, para além das «pesadas dívidas relacionadas com pendências judiciais», de «novas dívidas entretanto reveladas» que poderão «alcançar o montante de cerca de 20 milhões de euros», obrigando o município «a contrair um vultuoso empréstimo», que será votado ainda este mês de Janeiro.
«Tal operação», na opinião dos comunistas e dos ecologistas, «terá sérias repercussões e condicionará a gestão municipal, tanto na actividade corrente, como na política de investimentos, como, alegadamente, no quadro de pessoal».
Por tudo isto, a CDU reafirma que «não aceitará que sejam os trabalhadores a pagar os erros e desmandos da anterior gestão», para os quais repetidamente e publicamente alertou, e lamenta que «o PS, juntamente com o PSD e o CDS, tenham rejeitado a auditoria externa que no início do mandato propôs».
Manifestando «divergências com a estratégia de desenvolvimento da actual maioria», agora do PS, a Coligação PCP/PEV considerou ainda como relevantes as incertezas e as indefinições que pesam sobre o Plano de Actividades e o Orçamento para 2016, justificando, desta forma, a sua abstenção na votação da última Assembleia Municipal, realizada no dia 29 de Dezembro.
Neste órgão autárquico, a CDU manifestou ainda o seu desacordo com as decisões tomadas quanto ao IMI, a Derrama e a Taxa Municipal dos Direitos de Passagem, e lamentou que a Revista Municipal, diferentemente do que acontecia no mandato anterior, não reserve espaço para a colaboração dos grupos políticos representados nos órgãos autárquicos.